quarta-feira, 7 de junho de 2017

Mudar de país - Nem Pensar - Why Not - Feito

Se alguém me dissesse que um dia sairia do meu país eu dir-lhe-ia que estavam malucos. A vida provou-me que Nunca devemos Dizer Nunca, mas antes Why Not.

Muitas pessoas saíram do país pois estavam numa situação de desemprego, sem nenhum futuro à vista, fossem eles detentores de formação ou não. Vimos sair do país enfermeiros, médicos, engenheiros, arquitectos, professores, domésticas, padeiros, pedreiros, pessoas com as mais variadas profissões.

Eu filha, neta, sobrinha e irmã de emigrantes, sempre disse que jamais sairia, era-me inconcebível e assim foi durante 34 anos.

Tinha uma situação familiar estável, também não me podia queixar da situação profissional, por incrível que pareça tinha uma situação estável, sem grande margem de progressão mas estável. 
Desdobrava-me entre o trabalho oficial/principal e outros dois dos chamados biscates ou complementos, entre outras actividades não remuneradas. 

Acredito que o excesso de trabalho e actividades paralelas me levaram ao cansaço e à exaustão. Este quadro fez-me baixar algumas das minhas defesas pessoais e eis que algo mudou e de um Nem Pensar, passou a fazer parte da minha vida um Why Not.  

No espaço de cerca de um ano organizei-me e fui-me desfazendo de todos os compromissos profissionais e afins que me prendiam. A decisão estava tomada iria partir com data bem definida e todos os passos criteriosamente calendarizados. 

No dia previamente marcado, cerca de um ano antes, chegou a hora e parti.

Recomecei uma nova vida, num novo país, sem ilusões, sem grandes expectativas profissionais, mas de peito aberto e preparada para os desafios que me esperavam.  

A vida é assim, passei de um Nem pensar, para um Why Not, para um vamos lá - está feito. 

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